UM LUGAR CHAMADO BURACO PARTE 2

             Um lugar chamado buraco parte 2

Caminhamos na direção da casa, passamos por uns dependentes dormindo em um carrinho desses de pegar lixo.

Chegamos uma porta estreita a casa era amarela, mas não é o que nós procurávamos, pois essa era uma casa católica que dava sopa, perguntamos para os amigos que trabalhava onde ficava a casa amarela que era evangélica um deles respondeu: há sei e a Cristolândia fica na rua de traz subindo em direção a cracolandia; agradecemos e saímos.

Caminhamos ate o local uma rua grande já bem próximo a casa Cristolândia, já vimos alguns dependentes nos dois lados da rua.

Chegamos à frente perguntamos se aqui era a casa amarela Le disse que não que aqui era a Cristolândia perguntamos sobre o pastor ele disse que estava La na frente falando.

Tinha muita gente fomos atendidos por um jovem que saiu de La disse que esse grupo veio de rio de janeiro para ver a cracolandia que daqui a pouco vão sair e entrar na cracolandia  e chamar os dependentes para tomar café.

 Já 09h00min o pastor fez uma oração terminou com a frase (vamos saquear o inferno) os irmão sairão pegarão uma camisa amarela, um deles passou por nós e convidou para ir junto. neste momento Deus estava respondendo a segunda parte da oração que era passar no meio deles obrigado Pai, tem uma frase que diz assim: se Deus sustenta a obra realmente ela será sustentada.

Caminhamos atras do grupo, mas quando chegamos bem perto procuramos ficar perto deles, pois ele tinha camisa amarela e nós não.

 Bem perto da esquina com a Rua Dino Bueno com rua principal da cracolandia a esquina de quem vai para Duque de Caxias a visão da terceira parte da oração um prédio abandonado com uma entrada quebrada ao ver disse a Vanda olhe a sua esquerda.

Estávamos de frente ao LUGAR CAHAMADO BURACO, ate onde nós podimos olhar vimos como divisórias e como um labirinto,MEU DEUS PUDESSEMOS ENTRAR..

 Não era permitido parar continuamos ate agora poucos deles estavam ali, mas ao virar a esquina com a rua principal uma multidão indescritível. Uma área restrita como se fosse um filme daqueles do fim do mundo onde aqueles que conseguem sobreviver estão sujos,magros sem vida no olhar ,sem esperança, pois é o fim de tudo, é isso que temos ouvidos da boca de muitos, aqui é meu fim vou morrer aqui.. Coloquei-me por de traz da Vanda, pois estamos os dois de bolsa o mais impressionante é que conforme os irmão iam andando Ian perguntando se ele s não queria tomar café e muitos não queriam, como se sair dali ele perdessem um espaço um lugar. Muita gente na vida se a  a Deus quando a fome aperta, mas ali eles não tem fome, pois o crak tira a fome e muitos passam a noite fumando, muitos não queriam ir e outros estavam dormindo.

E ao chegar ao meio da quadra vimos outra entrada para o buraco. Desta vez maior vimos outras salas e um espaço maior de terreno e três dependentes carregando algo pesado para um local La no buraco.

Poucas fotos eu pude tirar do local, vimos muita gente jovem bonita como se fosse carne fresca para crak no olhar deles um misto de curiosidade e escuridão como se o inferno já contasse com eles. porem um homem passou por nós estava como eles mas ao olhar para nós vimos algo diferente no seu olhar algo bem diferente não era um olhar de ajuda  ou de fome era um olhar vivo e de amor, ele abaixa a cabeça .e continuamos caminhando  para direção oposta, e quando olhamos ele já tinha sumido na multidão.

Viramos a esquina  e caminhamos mais um pouco , e um dormião, e outros em transe, a Vanda quis acordar uma garota, mas eu não deixei, pois eles  acordão muito bravos e violentos a Vanda disse;DEIXE-ME AJUDA-LA , ELA NÃO ESTA ACABADA IGUAL A MAIORIA. mas  não pude deixar.

Mais a frente separamos do grupo fizemos nossa oração com a Mao estendida sabendo que tudo que vimos parece que nunca vai acabar, mas tudo esta nas Mãos de Deus, Ele sabe a hora certa de agir. Já era quase 11h00min da manha caminhamos até uma lanchonete onde a dona se lembrou de nós, pensamos em tudo e fomos procurar a casa amarela e ver o trabalho que eles fazem lá..

Caminhamos ate a estação da luz e pudemos conhecer a antiga cracolandia ainda tinha uns dependentes, limparão o local mais não curarão os dependentes. Tem um prédio La com maquetes do projeto  revitalização da Luz, ruas podem ser limpas casas remodeladas pintadas, mas a alma daqueles que estão ali jamais serão transformadas se nossos pastores estiverem ainda construindo mega catedrais luxuosas, pois enquanto pastores constroem igrejas satanás constrói cracolandia. Enquanto a sociedade não se colocar como se ali também poderia ser alguém da minha família. Jamais venceremos essa guerra.

Enfim  chegamos casa amarela ,dois jovens nos atenderão e falou sobre o projeto como eles trabalhão e como recebem ajuda, perguntamos de qual igreja eles eram disse que nenhuma para não ter divisão, mas que recebe ajuda de todas que naquela hora estava tendo uma aula como ser um missionário.

Perguntamos se ai ter algum evento para fim de ano na virada disse que não que no dia 20 de dezembro era o ultimo trabalho de rua deles, pois iam sair de férias. Ai nós perguntamos volta em janeiro?  Não só em fevereiro. E ate La eles ficam sem ninguém? Perguntamos; eles disseram que sim! Que pena que para nós que não olhamos só para roupa suja deles,  ou se tem um cobertor, olhamos para alma, pois sabemos que a decisão de sair pode vir a qualquer momento. Mas isso é uma questão de sentir a dor de almas, ou seja, igual uma palavra africana “HUNBAIA” que quer dizer; AQUELE QUE SENTE A DOR DO CORAÇÃO DE  DEUS. Quem hoje esta disposto a perguntar para DEUS; onde queres que eu vá SENHOR?. Ou fique. Saímos de La com a sensação que tem muito a ser feito muito a ser mudado. Mas é com o SENHOR terminamos assim nossa ida a cracolandia do mês de novembro.